O governo da terra está relacionado com diferentes apropriações e interpretações do modo de exercer poder e administrar um território. Tendo como foco os arquipélagos dos Açores, Cabo Verde, Canárias e Madeira entre os séculos XV e XVIII, o colóquio reuniu investigadores de várias áreas disciplinares, que partindo da investigação histórica, analisaram as formas de governo que caracterizaram a administração das ilhas nas suas originalidades próprias de espaços de fronteira e na especificidade de aplicação das normas emanadas da Coroa.
Sendo o tópico “Fronteiras como lugares de contacto” o tema transversal e aglutinador dos trabalhos de investigação em curso no CHAM, o grupo Sociedade, Política e Instituições organizou este colóquio como fórum de discussão e troca de conhecimento entre investigadores, valorizando a descentralização geográfica dos trabalhos que decorreram entre Lisboa, Ponta Delgada (S. Miguel) e Vila do Porto (Sta. Maria). A esta organização juntou-se também a Universidad de La Laguna (Canárias), que contribuiu para internacionalizar o congresso e alargar a ideia de fronteira atlântica também ao arquipélago espanhol.